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sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Manteigas... porque a Estrela (Serra) tem coração

Esta frase dá entrada ao site da Câmara Municial de Manteigas

E porque o coração às vezes manda, vou sair de Lisboa, percorrer cerca de trezentos e tal quilómetros para depois sair de Manteigas e correr (pelo menos tentar correr) cerca de 12 quilómetros para chegar às Penhas Douradas. Uma subida e tanto, dura de roer, dizem os que a já experimentaram.
Para mim será a estreia numa prova que vai já na sua XXVI (vigésima sexta!!) edição, e que abre o Circuito Nacional de Montanha Salomon 2008.

É preciso ouvir o coração. E por isso, este ano eu vou!

A vila de Manteigas é sede de concelho, distrito e diocese da Guarda. Situa-se a cerca de 700 metros de altitude.
Manteigas assim como todo o seu concelho está integrado na vasta área da Cordilheira Central e especificamente na Beira Interior Norte, em pleno Coração da Serra da Estrela, estando totalmente incluído no Parque Natural da Serra da Estrela. Pelas suas características naturais, ecológicas e paisagísticas é sem dúvida uma zona privilegiada.

As Penhas Douradas localizam-se naquela que é considerada a região mais fria de Portugal, em plena Serra da Estrela, a cerca de 1500 metros de altitude.

São parte integrante do Parque Natural da Serra da Estrela, e dizem ter uma fantástica vista sobre Manteigas e sobre o Vale Glaciar do bonito Rio Zêzere.

Há quem as considere abençoadas pela natureza Serrana, que as presenteou com uma beleza única.

Eu vou lá estar. E vou lá correr. Haverá perspectiva muito melhor para um fim-de-semana? Talvez, mas dentro das possibilidades, é esta que eu escolhi, e cá para nós, acho que escolhi bem.

Especialmente para os meus "amigos" do Brasil ou de outros locais do planeta menos familiarizados com este jardim à beira mar plantado (Portugal), e supondo que sabem onde fica Lisboa, só para terem uma ideia, esse pontinho vermelho é onde fica Manteigas. Claro que Portugal comparado com o Brasil em tamanho, é apenas um quintal:


Agora, mais perto, já em pleno coração da Serra: Manteigas - Penhas Douradas


Mapas, desenhos, linhas e cores. Eu quero é imagens. Imagens com vida. Vivas! Com paixão. Com cor! Com suor! Com dor! Com alegria! Com magia! Com sentimento! Seja ele lá qual for! Na retina e na lente da máquina! Espero conseguir trazer alguma coisa para mostrar, nem que sejam apenas palavras, e essas trarei sempre, até ao dia em que não conseguir falar...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Despojos de Anorexia ?

Dando continuidade e fazendo parte do processo de emagrecimento a que me submeti, há dias que ando a reduzir a quantidade de açúcar que ponho em cada café. Tenho vindo a reduzir, a reduzir… Reduzi até já ser possível contar os grãos de açúcar que devem cair no delicioso e negro líquido submerso sob a camada cremosa que o cobre, tornando-o digno de deuses e de deusas. Absolutamente divinal! E se um ou dois grãos de açúcar a mais cai acidentalmente na chávena, o café fica estragado, o dia fica estragado, eu fico estragada!

E há dias, por acidente caem-me uns grãozinhos a mais na chávena, e poucas pessoas poderão saber o que uma pessoa como eu (quem me CONHECE?) sente numa situação destas. Na altura disfarcei. “Oh que chatice, já não vai ficar como deve ser… bem… não faz mal, não mexo e com sorte fica no fundo da chávena” - disfarcei para o que a sociedade entenderia como comportamento normal, pois os grãozinhos de açúcar que caíram a mais do que o meu habitual, foram de facto em número insignificante.

Comportamentos com a comida. O papel da comida vai muito mais além do que alimentarmo-nos. A utilização da comida como compensação, castigo, ambição transfigurada, imagens distorcidas, valores errados.

O que é dado como normal, o que é aceitável, o que é “estranho”, o que ultrapassa o “normal” enveredando e empurrando-nos para um poço num campo de concentração de onde nunca mais se sai completamente. O arame farpado que nos rasga a pele e esventra e revolve as entranhas cada vez que queremos saltar de novo a rede, cá para fora, para o mundo das pessoas normais, que comem e vivem “normalmente”.

Aquela cena fez-me roçar de novo, ao de leve apenas, as farpas do arame do centro onde já estive encarcerada, e levou-me de novo (momentaneamente) a um outro mundo que só existe do outro lado do espelho e cuja fronteira nem todos têm a infelicidade de transpor, desconhecendo o sofrimento dos que a ultrapassaram, levianamente julgando-os.


Hoje, o meu amigo que assistiu à cena, disse-me:

- Não sabes a vontade que tive de te bater! Naquela cena do açúcar a mais que caiu no café! Só me apeteceu bater-te! Não viste foi a cara de pânico com que ficaste por o açucar ter caído! Ai que nervos me fizeste, eu é que me contive! Já viste bem o tecido das calças que te sobram no rabo? Já viste o que emagreceste?! Em quanto tempo?!

Afinal… não disfarcei nada, pelo menos para ele… E perante mim própria, entristeço-me, e lá vêm os grilinhos da consciência: “que fazes para alterar isso?” Eu faço, eu faço, estou muito melhor do que já fui, mas sozinha não consigo, ainda me perseguem vestígios, fantasmas ainda presentes, e os profissionais de saúde com que me defrontei até hoje, decepcionaram-me redondamente. Estou só. Não, não estou só. Tenho este (e outros/as) amigas que me “topam” e me chamam a atenção para o que eu me estou a fazer. Eu sei. Obrigada. E eu… estou bem, eu estou bem, eu estou bem…

Hoje não corri, nem fiz “nada”. Comi demais. Havia um chocolate na mala. Chocolate preto biológico seja lá o que isso signifique, mas que eu adoro! Calorias não lhe faltam de certeza! Nunca menos de 500 e muitas calorias por 100 gramas! Abri e fechei a mala vezes sem conta. Só um quadradinho. Fecho o saco. E se for só mais um quadradinho? Abro o saco, como mais um quadradinho. Fecho o saco. E se… Repeti a operação 6 (SEIS!) vezes, o que totaliza 17,5 gramas (são quadradinhos pequenos).

Pois, devia de estar a correr em vez de estar para aqui a escrever isto. Pois devia! Não posso! E porque não posso, não quero! E ponto final! E venham lá os magistrais e teóricos discursos de quem não sabe do que fala, mas na hipótese de surgir um verdadeiro magistral comentário, aqui está a Maria, quase completamente exposta, despida perante si própria e os outros, buscando-se por dentro nessa imagem que o espelho reflecte.


nota: a quem o assunto possa interessar, recomendo vivamente algumas obras que já li (se não, como as recomendaria?):


"O outro lado do espelho" - autobiografia de Marya Hornbacher - Gradiva


"Magros, gordinhos e assim-assim" - Isabel do Carmo - Edinter:


"Hoje acordei gorda" - Stella Florence - Rocco

"Anorexia e Bulimia" - Katherine Byrne - Principia

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A minha preparação para os 12 Km Manteigas – Penhas Douradas

Como se alguém não soubesse que prova alguma “se prepara” na última semana que a antecede. Por esta altura, o “trabalho” teria de estar feito, e a última semana que imediatamente antecede a prova, deve ser de descompressão e nunca de preparação.

Mas como esta atleta (?) é de faz de conta, assim como este blog que às vezes faz de conta que fala a sério de provas e de atletismo e de outras coisas, fazendo de conta que diz coisas importantes, deixem-me manter o título, acrescentando três palavrinhas:

A minha falta de preparação numa semana, para os 12 Km Manteigas – Penhas Douradas

Pensei em “preparar-me” numa semana. Imaginemos que seria como aquelas drogas milagrosas para emagrecer que prometem fazer numa semana o que se deveria fazer num mês ou em muito mais tempo. Treinar, treinar, treinar, treinar! Dose de cavalo para um burro… uma burra neste caso.

E eu, esta semana, ainda pensei em tomar essa “droga”. Que rapidamente me pusesse a escalar a Serra da Estrela com um fôlego que me permitisse conversar e rir, enquanto não chegasse lá acima e ficasse à espera dos muitos outros que chegariam depois de mim. Sonhos… Mas este tipo de drogas-promessas têm um efeito altamente duvidoso, que não será nunca duradouro e poderá mesmo fazer estragos graves, porque milagres meus amigos, também os há, mas por norma acontecem aos outros. E na corrida, também é assim! Numa semana jamais poderia melhorar a minha (falta de) forma para uma prova com as características de Manteigas – Penhas Douradas. Por muito treino que “metesse”, só conseguiria que este acabasse por ser contraproducente.

Por isso e talvez por ainda me restar alguma lucidez, hoje já é quarta-feira, e nada de drogas loucas que prometem o impossível! Nada de treinar como uma louca! Mal por mal, para não haver um choque muito grande com o que não tenho feito nas últimas semanas (meses… anos) da minha vida, tem sido assim:

2ª feira: 50 minutos de Aeróbica, Aeróbica. Suar, rir, apanhar bonés nos passos (coreografia) acabados de inventar ou nos quais eu nunca mais entro, suar, suar, rir e suar! Descontrair e alongar e nunca se sai dali descontente. Sempre, à conta desta brincadeira, o ânimo do dia revela-se e/ou renova-se por volta das 8 da noite às segundas e quartas-feiras;

3ª feira: 50 minutos de corrida em terreno desnivelado. Senti-me cansada. Muito cansada mesmo. Não gostei mesmo nada do que senti sabendo o que me espera domingo;

4ª feira: mais 50 minutos de Aeróbica, com a habitual dose de transpiração, alegria e descompressão (de tanta e tanta coisa que carregamos)

E porque a minha “stora” Dulce Pereira merece, pelo trabalho que faz com as poucas mas teimosas alunas que não deixam de ir (porque será?), deixo aqui o panfleto para alguém a quem eventualmente possa interessar:

AERÓBICA

Horário:
Segunda-feira 19.30h—20.30h
Quarta-feira 19.30h—20.30h

Clube do Pessoal da Siderurgia Nacional
Avenida Siderurgia Nacional
Aldeia de Paio Pires
2840-075 Aldeia de Paio Pires
Tel.: 21 227 86 38
Fax: 21 227 86 11
E-Mail: cpsn@clubesiderurgia.pt
dpereira85@gmail.com

domingo, 24 de fevereiro de 2008

19º Grande Prémio de Atletismo de Leião - 24 Fevereiro 2008

As provas dos mais jovens:
A partida da prova "principal":

Foi hoje, dia 24 de Fevereiro de 2008, que pela 19ª vez o Grupo Recreativo Cultural e Desportivo de Leião, (clube fundado em Abril de 1974), com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras e da Junta de Freguesia de Porto Salto, pôs a correr nas suas estradas ladeadas de extenso verde salpicado do amarelo das “azedas” (também conhecidas por “mijonas”) e uma ou outra já atrevida papoila vermelha, cerca de três centenas de indivíduos, de ambos os sexos e desde os de mais tenra idade aos resistentes de muitas décadas.

Nunca vi prova com tanta mulher! (salvo os mega eventos organizados por mega organizações com megas estruturas e megas patrocínios, e também megas objectivos).

Mas assim? Clubezinho de bairro, onde se dão uns bailaricos para angariar fundos, e o pódio é improvisado por meia dúzia de tábuas, e ainda assim se tem o cuidado de “premiar” os atletas? A este clube (assim como tantos outros participantes no Troféu de Oeiras, faço aqui a minha homenagem, dou os meus sentidos parabéns, e agradeço o que a nós, meros cidadãos do concelho ou não, nos permitem viver aos domingos de manhã.

Com as parcas condições (comparadas com tanta “Organização” de provas de estrada) o Grupo Recreativo Cultural e Desportivo de Leião, conseguiu mais uma vez! Miúdos saíram à rua para aprender um pouco sobre Atletismo. Mexeram-se, correram, brincaram, conviveram, cumprindo regras e sob a disciplina de quem os sabe cativar, aprendendo muito mais do que a correr nesta sua ainda curta vida de não muitas facilidades nem de coisas bonitas (uma boa parte deles, se não a maioria). No fim da corrida, água e um saquinho com gomas. Deliciosas e doces gomas, como doçura que faltará à vida da gente. Um gesto bonito, simples, bem pensado. Doce.

Asseguradas as condições, também com o apoio da Polícia e dos Bombeiros de Barcarena, correram-se as provas dos vários escalões, de forma impecável para o expectável, como é habitual neste Troféu. Dá gosto ver. Dá gosto correr. Parabéns Grupo Recreativo Cultural e Desportivo de Leião! Parabéns Divisão do Desporto da Câmara Municipal de Oeiras!

Ana Pereira
24 de Fevereiro de 2008


Agora, a minha versão, pessoal, suada até cheirar mal, a tocar o fanatismo e até a imoralidade e a ameaçar a compostura pública aceitável, mas eu sou mesmo assim (quando não sou pior…)
Em fase de aquecimento:
Antes da partida, estou na frente mesmo só para a fotografia:Já pertinho da meta:
Esperava chegar a Leião em melhores condições do que à prova do Dafundo (do mesmo Troféu). Queria ter treinado, quer corrida contínua quer espécies de fartleks e de séries, para ganhar tudo o que me falta: resistência, força, velocidade.

Mas como a minha vida é sempre a mesma, até eu ter a força necessária para a mudar, os treinos foram nulos. Se se derem ao trabalho de procurar, estão todinhos neste blog, mas dado o seu escasso número, dificilmente os encontrarão e isso significa que simplesmente não existiram.

Assim, depois de uma semana sem correr, alinho na partida.
Adoro aquele ambiente: uma molhada de mulheres (não é que eu não goste de homens, gosto e não é pouco – em muitas vertentes, como por exemplo para trocarem torneiras ou pendurarem cortinados lá em casa ou carregarem com as compras ou pagarem as contas, ou darem-nos rosas, ou levarem-nos a jantar e pagarem evidentemente, ou até montar um móvel comprado no Ikea… - não é só naquela parte em que estão a pensar!), mas convenhamos, ali, para “competir” gosto de estar mesmo no meio delas, lutar com elas, vencê-las vencendo-me! E quem me conhece já sabe: só o que não puder. Connosco correm também alguns rapazes de escalões jovens e alguns veteranos mais… veteranos! Portanto, não há motivo para distracções, nem glúteos ou gémeos para perseguir e alegrar a vista levando-nos para outras paragens, nem que seja por uns minutos! É concentrar-me na corrida e mais que seja, nas adversárias e na paisagem. E nos amigos nas bermas gritando por nós. E o meu pai… companheiro fiel como já não há! O carinho que sinto ao vê-lo ali, aguardando a minha passagem. De máquina em punho. Momento feliz para ele e para mim. Este de hoje, já ninguém nos rouba pai!
Bom, à partida fui lá para a frente, só mesmo para a fotografia, depois, coloquei-me no meu lugar: cá atrás! Tiro dado e cronómetro ligado (depois de uns 20 minutos de aquecimento a trote).

A prova é durita: subiiiiidas, descidas, de novo subidas… não sei se a física ou a geografia me falham, ou mesmo a matemática ou qualquer outra ciência, mas acho que subi mais do que desci. Fiz a minha prova, sem quebras de maior e para os 3800 metros anunciados gastei o tempo de 17m51s, e de novo um 7º lugar no meu escalão que tinha mais de 20 participantes (dos 35 aos 40 anos). Estou curiosa para ver que resultado este resultado vai ter na classificação acumulada e que de certo muito em breve estará no site da Câmara de Oeiras. Não é que esteja a lutar por alguma coisa… ou antes… estou a lutar sim, mas é … por mim!

E assim se cumpriu mais um domingo de prova. Bem passado! Amanhã seguirá a inscrição para os 12 Km Manteigas – Penhas Douradas.

Sobre este propósito, disseram-me hoje “Manteigas-Penhas Douradas? Ganda maluca!!!!” – Ai pois sou, mas só em certas coisas.



Estão disponíveis 156 fotos no site da AMMA - Atletismo Magazine Modalidades Amadoras

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Cumprir

Cumpre-se o dia, as horas, os minutos, os passos, as rotinas, os horários, tudo se cumpre. Cumpre-se o autocarro e o barco e a fila. Cumpre-se a leitura breve do dia. Cumpre-se os telefonemas e as horas a cumprir. A Cumprir. A cumprir. As compras e o ritual da cozinha. Cumpre-se a roupa molhada num dia que não se queria que chovesse. Cumpre-se. Cumpre-se conversas e cumpre-se o dia. Cumpre-se o dia. Cumpre-se o dia. Cumpre-se também afectos e beijos. Para amanhã haver pão e amor. Cumpre-se o sonho deste continuar a existir. Cumpre-se. Com amor, com prazer, mas com indiferença e frieza também. O que se cumpre por querer e o que se cumpre porque apenas se tem de cumprir, mas ainda assim, cumpre-se! Cumprir é hoje o mote.

E hoje eu cumpri. Mas não tudo. Não corri, não fiz ginástica, não nadei, não exercitei o corpo como gosto e preciso para me sentir bem (física e mentalmente). Hoje não cumpri uma parte de mim, e (também) por isso não me sinto lá muito bem. Sinto-me... assim, incompleta. Apenas com uma parte de mim cumprida, e essa... nitidamente não me é suficiente.

pintura de Egon Schiele, 1890 - 1918, pintor austríaco, Expressionista

Até amanhã, onde se cumprirá outro dia e mais uma semana de trabalho ficará cumprida também. Porque... para o caso de não saberem, amanhã é... 6ª feira!!!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Mais Degraus (Step)

Devagar, subtil, doce e também teimosamente, as aulas de Aeróbica que se podem transformar em qualquer outra actividade similar e derivada, têm vindo a introduzir-se e fixar-se nas minhas segundas e quartas-feiras, como parte integrante de uma rotina.

Assim o trânsito não me traia e as aulas começam a enraizar-se em mim. Daqui a pouco já não passarei sem elas, terei pena que sejam apenas duas vezes por semana, e lamentarei profundamente que o clube não nos possa oferecer mais.

Hoje, mais duas jovens “à experiência” e algumas “faltas”.

A aula foi outra vez basicamente de “Step”, o que me agrada bastante. Trabalho bem e suo melhor! 55 minutos “a dar-lhe”.

Se o dia esteve meio cinzento durante o dia, no seu final, com esta aula e estas mulheres, tornou-se azul.

Pena é que a corrida, não a tenha visto ultimamente…

Ai isto vai ser bonito no domingo, vai! Grande Prémio de Atletismo de Leião. Mais uma prova do Troféu de Oeiras, e apesar da minha prova ser apenas de 3800 metros, tanto quanto sei não vai ser a moleza do Dafundo. Vai haver de certeza valentes subidas, como 99% das provas daquele Troféu apresentam.

Queria chegar lá melhor do que cheguei ao Dafundo, eu disse isto, não disse? Ainda posso retirar (o que disse)?

Ainda assim acredito que irei melhorar bastante a minha Classificação acumulada (pontuação acumulada do total de provas realizadas do troféu, das quais eu ainda só fiz uma).

Para os curiosos, é só ir até à página do meu escalão F35, e começar a procurar lá por baixo, pois estou bem perto da última classificada, como é óbvio (óbvio, apenas porque das 6 provas realizadas, eu só fiz uma!)

E… Penhas Douradas? Não, não falemos disso por agora. Deixem-me dormir descansada e tranquila.

Até amanhã

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Rosa

Às vezes não suporto. Não aguento. Não resisto. Não luto. Não venço. Não consigo. Não mereço. Não quero.

Fim de dia. Mesmo no fim, procuro os meus amigos cor-de-rosa que me inebriam os sentidos e me levam para a cama sem me fornicar, e que num afago doce e rápido me levam daqui, me devolvem sonhos, não dessa cor, mas vazios, porque melhor que muitos sonhos, é simplesmente não sonhar.

Estou cansada. Devia ter corrido. Não corri. A rotina, a rotina, a porra da rotina no meio do caos, mas que ainda assim é necessária manter. Quebrá-la sem quebrar gente como se de um vaso se tratasse não o consigo fazer. E da outra forma não o quero e não o faço. Por isso hoje não a quebrei, como não a quebrarei amanhã. E o vaso manter-se-á inteiro brotando dele uma rosa… linda e ... cor-de-rosa evidentemente.

Até amanhã

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Step

“Agora só me resta amanhã”. – Ontem terminei o meu último escrito neste blog, com esta frase.

E hoje acordei. E estava viva e aparentemente parecia que de facto ia ter mais este dia, a não ser que mo fosse roubado inesperadamente num instante qualquer, o que pode sempre acontecer mas que ainda não foi hoje que aconteceu.

Quantas vezes acordamos e temos exacta consciência do que temos? Um dia novo. Novinho em folha. Para usar. Como se acabássemos de nascer! Para sorrir, ou chorar, ou falar e ouvir, ou dançar, ou discutir com o patrão e namorar com o nosso amor. Um dia. Tive mais um dia hoje. Zangas e arrufos e reconciliações. Acordos e desenganos e planos feitos e desfeitos. Um dia de vida. Este já ninguém me rouba.

Dá a vida as voltas mais inesperadas e as esperadas também. Preocupações, dramas, medos e terrores. Não sei. Só sei que tenho o dia de hoje.

Levei a minha filha à escola, trabalhei e se à noite uma vontade de baixar os braços e deixar-me vencer me assaltou, numa derrota antecipada e anunciada, ou talvez apenas imaginada, não me deixei vencer e nada me demoveu de me equipar e ir à minha aula de Aeróbica. Na vida há o que não tenho, e o que tenho. Hoje tenho a Dulce, a Rita, a Brenda e a Paula. Contam comigo para que a aula não “morra”. E eu hoje conto com elas para não morrer eu.

A aula hoje foi praticamente uma aula de “step”. Acho que toda a gente sabe o que é um step. Palavra adoptada do inglês que significa “Degrau”. E de facto é um bloco rectangular normalmente com altura regulável, e que se usa para exercícios aeróbicos contínuos de baixo impacto (onde os impactos contra o solo não são violentos, o que protege as articulações) e de alta eficácia porque promove o combate à gordura de forma constante.


Há uma simulação do acto de subir e descer degraus, podendo trabalhar-se em simultâneo membros superiores e inferiores, melhorando dessa forma o desempenho cardiovascular, e auxiliando na queima de gordura corporal, tonificando todo o corpo de forma intensa e motivante.

A música está sempre presente e por norma uma aula de step deixa-me a escorrer suor para o solo e feliz da vida, mesmo quando (ou principalmente quando) “ando a apanhar bonés” e o efeito psicológico e sócio-afectivo do step se faz sentir em mim:

Há uma agradável e constante estimulação para a convivência em grupo, para a aceitação das nossas (e dos outros) dificuldades, e há uma grande cumplicidade entre todas, incluindo a professora que não me canso de elogiar;

Tudo isto aumenta a auto-estima, combate o stress, favorece uma maior percepção do próprio corpo e a lista de benefícios poderia ir por aí fora!
E hoje assim foi. 1 hora de Ginástica “bem puxada” (como eu gosto)

Aproxima-se a meia noite. O meu anjo dorme. Resta-me amanhã, e preciso de correr, que Leião e Penhas Douradas não se fazem com aulas de Aeróbica…

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Correr sem Correr

Domingo

Por incrível que pareça, num domingo de chuva, apetecível para suar debaixo dela misturando nosso suor na água do céu, num treino bestial (sim, eu gosto de treinos à chuva, desde que assim que o acabe, possa de imediato mergulhar numa banheira de água bem quentinha), ou para dormitar no sofá sob uma mantinha felpuda, vendo filmes e bebendo chá e comendo biscoitos, eu não consegui fazer nada disso.

Corri. Daqui para ali, de ali para aqui. Põe. Leva. Trás. Repõe. Regressa. Retoma. Arruma. Desarruma. Empacota. Desempacota. Embrulha. Desembrulha. Lava. Dobra. Leva. Trás. E o dia a passar. E eu a passar por ele. A correr sem correr.


Apesar da movimentação, não consegui (mesmo!) arranjar uma meia horinha que fosse para fazer qualquer coisa digna de se chamar exercício físico.

Bom, mexer-me... mexi-me e não foi pouco, mas não da forma mais saudável e salutar.

Aproxima-se a meia-noite e com ela o fim de domingo. Dorme o meu anjo e faço eu de anjo da guarda.

Não... agora não posso sair para correr. Para além de outras razões, eu também preciso de dormir. Perco (?) aqui ainda uns minutos a escrever o que gostaria de dizer... mas que não me ouvem. É essa também a função deste (e da maioria) dos blogs, a de fazer de conta que temos quem nos ouça.

Agora só me resta amanhã.

Até amanhã

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Treino

Já no fim do treino: muito cansadinha...
Contrariando as leis mais básicas da corrida, e apesar das três décadas de experiência, por vezes na ânsia de fazer, fazemos mal!

Desrespeitei o princípio que toda a gente sabe: a corrida deve ser regular, com assídua frequência, e muito importante, o aumento de carga, o número de quilómetros ou o tempo de duração dos treinos (que basicamente vai dar no mesmo) tem de ser gradual. Não se pode passar do 8 ao 80. Não se pode estar parada 15 dias e fazer uma sessão longa sem a penalização de um atentado ao nosso corpo, que só por sorte não nos atinge.

O que eu quero dizer é que eu, depois de ter corrido 1h38m há 3 semanas no G.P.Fim da Europa, ter parado (rigorosamente) 15 dias, ter corrido 19m31s no último fim-de-semana, queria hoje fazer um treino com muitas subidas atacadas de forma aguerrida, e com a duração de hora e meia. Tudo em prol, não da prova de Leião já no próximo fim de semana, mas tendo já em mente os duros (segundo dizem) 12 km de Manteigas-Penhas Douradas, do fim-de-semana seguinte.

Local escolhido para o treino de hoje: Parque da Paz – Almada.

O treino decorria muitíssimo bem! Escolhendo os trilhos de terra batida inclinados (os meus preferidos do parque), ataquei-os vezes sem conta com a força que tinha. Descia e voltava a subir. Muito bem. Mais uma voltinha em terreno plano e novo ataque! Mas… quando o cronómetro atingiu 52 min, o corpo deu de si. E se há quem diga que a cabeça manda no corpo, ai meus amigos, o corpo também manda na cabeça, oh se manda! Abandonei as rampas de terra batida e optei por rolar em plano. Aguentei mais um bocado (mesmo em plano a coisa estava difícil: falta de força e de energia), e desliguei o cronómetro quando este marcava 1h01m.

Teria ficado mais contente se tivesse feito o tempo que tinha estipulado (mas esse foi baseado em emoções, na vontade, só que essa só por si não chega, como em tudo na vida, é preciso também acções), mas racionalmente, sei perfeitamente que estive muitíssimo bem! Agora isto quer é continuação! E terá!

Até amanhã

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Ainda o G.P. Dafundo - classificações

Verifico que as classificações da prova estão disponíveis no site da Câmara, aqui. O meu escalão é F35, o que representa Feminino de 35 a 40 anos.

No Dafundo, só do meu escalão correram 16 mulheres e fiquei classificada em 7ª.

Próxima prova: dia 24 de Fevereiro, conto estar em Leião, para... fazer o que puder, evidentemente! E divertir-me!

Até lá, convém correr, correr e correr. Diz a experiência, a inteligência e o bom senso.

Não serão necessários treinos muito longos. Dar-se-á preferência a ganhar um ritmo mais rápido do que propriamente à resistência (corrida lenta e de longa duração). E treinar umas subidinhas, pois este Troféu é caracterizado por provas bastantes desniveladas, com acentuadas subidas e iguais descidas, o que não posso esquecer de treinar, pois também no fim-de-semana seguinte (2 de Março) estarei a fazer (a tentar fazer) os 12 Km Manteigas - Penhas Douradas. Está decidido!

Ali, no Troféu, as provas para o meu escalão, raramente (ou mesmo nunca) ultrapassam os 4 Km. A resistência para tal, tenho de sobra, mas tenho é de arranjar resistência para fazer a curta distância a uma velocidade ligeiramente mais rápida. Só isso. Parece simples. Num semana não terei muito a fazer e poucos resultados se verão, mas se treinar, certamente me sentirei diferente em Leião, e fará alguma diferença. E eu vou tentar. Para fazer a tal diferença, que provavelemente só eu notarei, mas já será gratificante.

Veremos (aqui) o que farei durante a semana e depois que desempenho terei em Leião.

Uma semana tenho eu para tentar chegar a Leião melhor do que cheguei ao Dafundo.

Até amanhã

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Os Prós e os Contras de "Um dia de cada vez"

Viver em cima do joelho. Sem planos. Sem abrigo. Aguardar a noite para procurar um tecto para pernoitar. Um cobertor para nos aquecer, um pão para comer. Um dia de cada vez. Um dia de cada vez! Apregoamos, para afugentar preocupações desnecessários no presente e para que este seja o melhor aproveitado.

Formas de vida. Há quem viva amedrontado com o futuro, sofrendo em antecipação quando afinal nem sabemos se os nossos medos se concretizerão e se nessa altura nos afectarão da mesma forma que nos afectariam se acontecessem hoje.

De há um bom tempo para cá, vivo, um dia de cada vez. O mais possível. Sem certezas, e ai de quem as julga ter... e simplesmente respiro e vivo hoje.

Uma casa com tecto e com paredes para dormir hoje. Sopa quente na mesa e um bom cobertor. E o meu anjo vivo e adormecido aninhado em mim. Um dia. Hoje. Mais um dia de vida. Mais um dia feliz. Sem medo de amanhã.

Tem no entanto esta filosofia de vida os seus grandes e também pequenos contras. Por exemplo queria ir correr ao G.P.Atlântico. Esperei até ao início desta semana e o tiro saiu pelo culatra. Atingiu-me: Inscrições esgotadas e encerradas!

E como não gosto de ir para as provas pedinhchar dorsais perdidos, que correspondem a atletas 100% diferentes da minha pessoa, tão depressa recebi a notícia, mais depressa mudei de ideias (fui obrigada mesmo, né?).

Não há prova para mim este fim de semana.

Apesar de nesta semana só ter conseguido ir à Ginástica uma única vez (45 min) na 2ª feira, o lema é treinar, mexer-me, pois quero agora esboçar leves planos a muito curto prazo:



dia 24 de Fevereiro - Leião - Troféu de Oeiras

Dia 2 de Março - O DESAFIO: Manteigas - Penhas Douradas

Informações em: http://www.terrasdeaventura.net/mainpage.htm


Manter-vos-ei ao corrente da minha muito peculiar "específica preparação" para tais façanhas.


Esta semana foi praticamente nula, tirando a ginástica de 2ª feira. Mas até Manteigas tenho ainda muitas horas.

Até breve

domingo, 10 de fevereiro de 2008

XXIII Grande Prémio de Atletismo do Dafundo – 10 Fevereiro 2008

Realizou-se hoje o 23º Grande Prémio de Atletismo do Dafundo, prova integrada no 26º Troféu Câmara Municipal de Oeiras – Corrida das Localidades, e organizada pelo União Recreativa do Dafundo, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras e Comércio e Industria local. Teve ainda a colaboração dos Bombeiros voluntários do Dafundo e da PSP - Divisão de Trânsito de Oeiras.

E assim se pôs de pé pela 23ª vez uma prova que põe muita gente a correr. Desde a mais tenra idade nos escalões jovens aos oitenta e muitos anos muito bem representados pelo Sr. Adriano Gomes, verdadeiro exemplo de vida, mais de 3 centenas de atletas palmilharam as ruas do Dafundo e redondezas.

Inserida do Troféu da C.M.Oeiras, que funciona (muito bem) como incentivo à prática da corrida por toda a população, esta prova tem atingido o objectivo de fazer chegar a corrida a todos, com vista a uma vida mais activa e saudável, proporcionando também a oportunidade das camadas mais jovens tomarem contacto com a modalidade e eventualmente nela se destacarem, como é o caso do jovem Paulo Pinheiro, atleta do Linda-a-Pastora, com uma carreira já invejável e muito promissora e com títulos de campeão nacional em várias distâncias em pista, tendo já alcançado internacionalizações dignas de registo.

Estive lá e corri, e não tenho reparos de maior para uma prova que em minha opinião, cumpriu muito bem o que já tem vindo a fazer há mais de 2 décadas.

Ana Pereira
10 Fevereiro 2008

Fotos da prova em. http://www.ammamagazine.com/



"Momento solene": a doação da camisola da internacionalização de Paulo Pinheiro ao seu clube: Linda-a-Pastora: A partida da prova principal:O jovem Paulo Pinheiro, no final da sua prova:

A prova dos mais pequenos:

A partida da minha prova (eu estava lá atrás, pois claro, que sou doida mas não tanto...):

Agora… a minha provinha – unicamente vista com os meus olhos e o meu coração:
Conheço o Troféu da Câmara Municipal de Oeiras desde 1996. Nele me iniciei, depois de adulta, nas provas de estrada aberta a todas, visto que em criança já o tinha feito inserida num clube.
Aqui fui recebida de braços abertos pelo Linda-a-Pastora, na pessoa do José Manuel, e aqui fiz muitos amigos. Abracei o Troféu e nele me esmerei tendo sido a minha melhor classificação no final do mesmo (já não me recordo em que edição, pois fiz várias), a 2ª posição, ainda como sénior.
É um Troféu que motiva, e se estivermos dispostos a prescindir de muitas provas que se fazem por esse país fora durante o ano inteiro, a participação no Troféu é uma coisa muito engraçada.
Motiva-nos verdadeiramente.
Uma boa participação feminina. Provas curtas e rápidas. Duras. Mas eu gosto.
E como saí deixando eu e o clube as portas abertas, sempre que vou a alguma prova daquele troféu, obviamente corro pelo Linda-a-Pastora.
Assim o fiz hoje.
Não corria há duas semanas, tenho apenas feito ginástica, mas correr é preciso. Assim como sonhar. E sonhei. E fui. Ciente das dificuldades, mas ainda assim fui.
Fiz um bom aquecimento, e lá parti a desbravar asfalto. Ainda me valeu um 7º lugar no escalão (Fem 35) que vai dos 35 aos 40 anos, uma medalha e o resto, o resto que não se equaciona nem mede ou pesa: os amigos, os rostos, os olhares, as palavras e os sorrisos.
Só posso dizer que adorei regressar àquele ambiente e que muito provavelmente até final do Troféu ainda direi presente muitas vezes.
Uma prova de apenas 3.900 metros (para o meu escalão) que completei nuns compridos 19m31s. Mas… importante! Sem quebrar! Sou uma grande máquina não sou?
Com "velhas" amigas do clube e de outros clubes:

Já acabei a minha prova. O meu pai não me "apanhou" a correr. Deve ter sido a estonteante velocidade em que seguia quando passei por ele:

E esta já está!
Antes de regressar a casa, à porta do Aquário Vasco da Gama, eu:

E o meu pai. Sempre presente:

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Aeróbica




Não é um Ginásio fantástico, nem ultramoderno, de elevado nível de qualidade quer de instalações, quer de aparelhos inventados cada dia para exercitarmos o corpo humano sem nos esforçarmos sequer. Não tem professores musculosos de pele queimada pelo sol e que nos fazem derreter só de olharmos para eles e fecharmos os olhos quando nos tocam delicadamente para nos corrigir alguma posição, nem quarentonas louras(*) que passam lá os dias, sempre com um elástico de prender o cabelo a condizer com os atacadores dos ténis, que alteram diariamente consoante os tops e as lycras brilhantes que ostentam em cada aula. Não tem o serviço de fantásticas massagens, nem sauna nem jacuzzi. Os balneários não são fantásticos nem as salas onde se dão as aulas fantásticas são. Nem a aparelhagem por onde sai a música aos berros é fantástica.

Fantástico é sim o punhado de mulheres que alinhou em criar aquela aula. Fantástica é a nossa professora que se esmera lutando contra a fraca adesão de participantes. Fantástico é o Clube do Pessoal da Siderurgia Nacional, que teimosamente resiste usufruindo das instalações da empresa que já só lhe dá pouco mais que o nome, que tendo na Patinagem Artística a sua maior aposta, vai desenvolvendo timidamente outras actividades, também como fonte de rendimento.

E esta aula de Aeróbica, criada propositadamente para as mães (e pais) das crianças que patinam, e precisamente no mesmo horário, visto ser vontade comum das mães (em conversa!), se existisse ali qualquer tipo de actividade de exercício físico, preencheriam com agrado o tempo morto em que aguardam pelos filhos numa actividade desportiva e lúdica, e assim nasceu esta aula em Novembro a título experimental, para as mães/pais e também aberta ao público em geral.

Pois de Novembro para cá, muitos avanços e não menos recuos sofreu esta aula. Ao contrário do que era falado entre as mães, a adesão real das mesmas foi mínima, e pessoas de fora, poucas têm aparecido, ou vêm experimentar e não voltam. Talvez habituadas a outro nível de Aeróbica (refiro-me a instalações e condições para a prática da mesma), o facto é que as pessoas não têm aderido.

Da minha parte, não estou maravilhada, mas mediante a mensalidade que se paga (EUR 16,00) para duas aulas por semana com a duração de 1 hora cada, com a qualidade das aulas que a professora nos proporciona, quer em termos de exercício físico quer no excelente ambiente que conseguiu já criar entre todas (não temos lá homens… é pena), uns balneários simples mas eficazes – extremamente asseados e sempre com água quente, acho perfeitamente satisfatório.

E se aliar a isso o horário propositadamente coincidente com o da Patinagem da minha filha, então acho mesmo fantástico. Em vez de me sentar no café à espera, a mastigar um salgado ou a ruminar ervas daninhas, e talvez a fumar um cigarro cá fora, eu prefiro(**) fazer uma mistura de Aeróbica, com ginástica localizada e sempre com muitos alongamentos, com estas pessoas fantásticas, de onde destaco como é evidente a nossa jovem professora, a Dulce Pereira, que conseguiu já que pelo menos um punhado de gente não desista, e saia dali feliz e contente no final de cada aula. E além disso, com uma boa quantidade de calorias gastas, e os músculos bem mais trabalhados.

(*) Nota 1: não tenho nada contra as quarentonas louras, até porque eu quarentona estou quase, embora loura não me parece que venha a ser - usei apenas uma expressão figurativa, que fique claro para as louras e para as morenas também

(**) Nota 2: é que eu não gosto só de correr

E hoje lá foram mais 55 min sempre a bombar!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Não sou mesmo nada "normal"...

Hoje constatei que não sou mesmo nada "normal", embora "normal" seja susceptível de tantas interpretações quantas pessoas existam no mundo.

Depois de não ter corrido ontem em Cascais, como estava planeado, hoje tive um estranho dia algo macambúzio ruminando e digerindo últimos e intimidadores acontecimentos.

Talvez isso se tenha traduzido no meu “estranho” cardápio de hoje:

- Pão com margarina Becel ProActive + Café com insignificantes grãos de açucar refinado;
- Chocolate preto + Amêndoas peladas (já que com casca me pareceram algo indigestas...)

Nos intervalos, muita água!É isto comida de gente?

Para não piorar os estragos pelos excessos cometidos, nada como uma aula de 1 hora de Aeróbica + ginástica localizada + alongamentos.

Suei e ri que me fartei!
Que a prática de exercício físico faz bem ao corpo já toda a gente sabe, mas que os benefícios psicológicos podem superar largamente os físicos, disso já muita gente duvidará. Eu não duvido! E hoje, mais uma vez tirei a prova disso.

A acabar o dia um valente cházinho sem açucar:
Amanhã, outro dia, para correr e para viver.